O impacto do transporte de produtos alimentares no ambiente, na saúde e na economia


Na semana de 20 a 24 de abril foi debatida online, nas turmas A e C do 8.º ano da Escola Básica Marquês de Pombal, a temática “Reduz a Distância – Come Localmente”, no âmbito do projeto da escola de educação para a cidadania global, EAThink2015.

Estes jovens alunos revelaram preocupação por problemas muito atuais, nomeadamente os decorrentes do transporte de longa distância dos alimentos: a poluição do ambiente; a utilização abusiva de substâncias que mantêm o aspeto enganadoramente agradável dos produtos; a menor qualidade com que esses produtos chegam às nossas mãos; a forma como os animais são transportados.

Concluíram que é possível reduzir a distância de transporte “se os produtores desses bens alimentares forem produtores locais”, como mencionou o Sancho França, “ (…) procurando escolher, sempre que podemos, fruta que seja plantada e tratada localmente”, como referiu o Bernardo Ferreira, “ou até sermos nós próprios a cultivar”, como sugeriu o Pedro Rodrigues.

No entanto, há produtos importados que os portugueses não dispensam no seu dia-a-dia, “por exemplo, o café que vem de várias partes do mundo, nomeadamente da Índia (…) e os frutos tropicais que vêm da América do Sul, nomeadamente do Brasil”, como salienta a Lara Ferreira.

Na opinião da Diana Carreira, “não seria possível deixar de importar bens alimentares, visto que muitas vezes para a produção dos mesmos são tidos em conta vários fatores, nomeadamente o clima, que difere de país para país, sendo que cada alimento necessita de um clima propicio à sua germinação.” Como refere a Flávia Domingues, só “seria possível deixar de importar os bens alimentares que importamos, não sendo eles indispensáveis para a nossa sobrevivência”. Todas estas opções têm impacto económico. Se o consumo de produtos locais ajuda a economia da região, a não importação de alimentos “teria um impacto muito negativo para os produtores [desses países], pois levaria a uma diminuição da produção, fazendo com que não haja necessidade de tantas pessoas a trabalhar, levando ao desemprego”.

Destaca-se, dos cartazes elaborados, o do Pedro Rodrigues, aqui publicado.

Lígia Matos