No dia 3 de Março, no âmbito do tema “Sustentabilidade” do Domínio de Articulação Curricular do 8.ºano, realizou-se, para todas as turmas do 8.ºano, nos auditórios e no exterior das Escolas Básica Marquês de Pombal e Secundária, a sessão “ A Gestão do fogo para uma floresta Inteligente”, dinamizada pelo engenheiro florestal António Patrão, especialista em gestão do fogo, fundador da ONG Fire Works.
Esta sessão foi proposta pela disciplina de matemática, e enquadrada no tema “Organização e Tratamento de dados”, com o objetivo de desenvolver nos alunos a capacidade de interpretar informação estatística e utilizá-la para resolver problemas simples e tomar decisões informadas e fundamentadas. Transversalmente, pretendeu-se proporcionar conhecimentos sobre o fogo como fenómeno físico, químico, abiótico e social, contribuir para aprofundar a relação do ser humano/comunidades humanas com o fogo, e para o desenvolvimento de comportamentos ajustados a uma cidadania ativa na proteção e melhoria dos ecossistemas (pela melhor compreensão da sua relação intrínseca com o fogo). Assim, assumindo uma perspectiva multidisciplinar (transversalidade a várias disciplinas como história, geografia, educação visual, ciências naturais, físico química, português, inglês, espanhol,…) e partindo da definição de ecossistema, foi apresentada uma abordagem histórica e funcional sobre a importância do fogo (e sua gestão) para a floresta e sociedade. Foram apresentados, graficamente, os dados estatísticos referentes à evolução do número de incêndios e da área afetada no concelho de Pombal entre 2012 e 2022 e interpretados/analisados os mesmos. Foi introduzida uma reflexão sobre a construção de uma floresta inteligente (mais resiliente às alterações climáticas) valorizando as suas capacidades de dependência e adaptação ao fogo.
Num contexto mais experimental (prática e demonstração num espaço seguro exterior aos auditórios), os alunos foram envolvidos na descrição de alguns princípios gerais sobre o comportamento do fogo, assim como da importância em adoptar algumas medidas fundamentais para a prevenção de incêndios rurais e consequente redução do risco (nomeadamente no uso do fogo e na proteção de pessoas, animais e habitações). Foram ainda partilhadas experiências através do manuseamento de algumas ferramentas utilizadas no fogo controlado, como foi o caso do pinga-lume. Para finalizar a atividade de forma participativa, os alunos foram desafiados a tirar um fotografia estilo selfie, que retratasse a sua relação com a floresta (como a vêm, como a sentem, como a usam, protegem, como gostariam que fosse) e legendá-la.
Eis uma amostra do desafio colocado aos alunos:
https://read.bookcreator.com/ECVgdabUB9OTHhTRRWn1n3qNsSK2/xTgnpBZ-QlWSXxEdIjkSmQ
Uma viagem pela sessão:
Ana Fancisco – Professora de Matemática