Um Olhar Sobre o Urbanismo e a Mobilidade


No âmbito da atividade integradora “Um Olhar sobre o Património”, os alunos do Curso de Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário, acompanhados pelos formadores das diferentes áreas de competência-chave, bem como pela coordenadora do Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional, realizaram, no dia 5 de novembro, uma visita de estudo às Ruínas Romanas de Conímbriga e Museu Monográfico e ao Castelo de Penela.

A visita às Ruínas iniciou-se pela principal via que entrava na cidade, destacando-se, desde logo, a importância que os Romanos davam à mobilidade, pois fizeram das vias de circulação o esqueleto do seu império. De seguida, foram analisadas as ruínas de várias construções, nomeadamente de casas. De referir a “Casa dos Repuxos” e a “Casa de Cantaber”. A primeira é uma excecional obra de arquitetura onde se destacam os repuxos (que lhe dão o nome) e os mosaicos, que compõem um dos maiores conjuntos figurados conhecidos no país; a segunda é uma residência de dimensões verdadeiramente impressionantes, que integra termas privadas.

Outros aspetos relativos ao urbanismo romano foram destacados nesta visita, como sejam as construções de índole residencial, em torno de um pátio central – “insulae”, as termas (que integravam piscinas de água fria, piscinas de água quente e sauna), o sistema de captação e transporte de água através de um aqueduto e o sistema de saneamento. Foi, ainda, mencionado o “Forum”, centro da cidade romana. Seguiu-se a visita ao Museu Monográfico que contém uma vasta coleção de materiais encontrados durante as escavações deste sítio arqueológico, como sejam materiais construtivos, objetos de uso quotidiano, fragmentos de estátuas, fragmentos de pinturas e mosaicos, bem como várias epígrafes funerárias e honoríficas.

Terminada a visita a Conímbriga, a viagem continuou para Penela. Após o almoço, foi a vez de subir até ao castelo. Mandada construir por D. Sesnando Davides, esta fortaleza engloba todos os elementos que constituem o castelo-tipo: muralhas coroadas por ameias e merlões, pátio para albergar uma guarnição militar, número reduzido de portas (neste caso apenas uma) e uma cisterna e formava, no tempo da Reconquista Cristã, em conjunto com os castelos de Soure, Lousã e Germanelo, uma cintura militar privilegiada na defesa do Mondego.

O atual circuito de muralhas resulta de um longo processo evolutivo marcado por sucessivas obras de reforma, conservação e ampliação que decorreram até ao século XVI.

Ainda no âmbito desta atividade integradora, a Dra. Ana Gonçalves, vereadora da Câmara Municipal de Pombal, dinamizou, no dia 15 de novembro, no auditório da Escola Secundária, uma palestra alusiva à temática “O Urbanismo e Mobilidade na cidade de Pombal”, dando a conhecer as ações desenvolvidas no município no âmbito do Plano Local e Municipal de Promoção de Acessibilidade. Esta palestra resultou numa enriquecedora troca de impressões e terminou com a visualização do filme promocional do concelho de Pombal “O meu coração bate por Pombal”.

Finalmente, no dia 17 de novembro, decorreu a atividade “Sabores da Multiculturalidade”, que constou na partilha de cantares, histórias e sabores. A tuna da Universidade Sénior interpretou algumas canções tradicionais portuguesas, o historiador Nelson Pedrosa contou duas lendas de Pombal, a do mouro Al Pal Omar e a que deu origem às festas do Bodo e os adultos, integrados nas diversas ofertas formativas do Agrupamento, partilharam lendas oriundas dos seus países, como seja a “Lenda do Milagre das Rosas”, apresentada por quatro formandos do Curso de Educação e Formação de Adultos.

Seguiu-se um salutar convívio, com a partilha de sabores típicos dos vários países.

Todas as atividades anteriormente descritas promoveram uma experiência muito enriquecedora e promotora da identidade cultural, no contacto com o património nacional.

Isabel Ferreira

Mediadora do Curso EFA