A BIBLIOTECA SUGERE…
“Ratos e Homens” de John Steinbeck
Ratos e Homens é um livro escrito por John Steinbeck, em 1937. Considerado um dos maiores romances do séc. XX, conta a história trágica de George e Lennie, dois trabalhadores rurais na Califórnia durante a Grande Depressão (1929-1939).
A obra foi uma das selecionadas para a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, que este ano decorreu na Biblioteca Municipal da Batalha, na qual participaram três alunas da nossa escola.
“Ratos e Homens de John Steinbeck é uma obra literária que contraria o típico “final feliz” a que estamos habituados. Nesta obra, a par da ambição e do sonho do Homem, mostra-se o lado mais cruel da vida e a dura realidade, tornando-se, assim, intemporal dado que ainda hoje lidamos com a desilusão e com o sofrimento. É, por isso, uma boa sugestão de leitura para várias faixas etárias, pois reencaminha-nos para uma realidade mais verdadeira do que aquela a que estamos habituados a ver no cinema e, no final, acabamos por encarar de uma forma diferente as coisas que nos rodeiam, ficando mais consciencializados.” Lara Santos 10.º C
“O Murmúrio do Mundo” de Almeida Faria
Algumas opiniões dos nossos alunos sobre este relato de viagem, na prova do CNL, fase a nível de escola, dia 13/01/2017:
“Ao longo da obra, vamos aprendendo sobre a história das cidades visitadas, sobre o seu passado em contraste com a actualidade e ficamos a conhecer histórias de vida que nos ajudam a ter uma visão diferente do mundo.” Ana Carolina Dias, 12.º A
“A forma como o autor nos conta esta viagem transporta-nos de certa maneira para uma Índia complexa e rica em costumes, sendo possível visualizar as ruas, os mercados, as igrejas, como se estivéssemos presentes naquela viagem.” Lara Santos, 10.º C
“As descrições levam-nos a imaginar o caos das cidades de um dos países mais populosos do mundo e que, segundo o autor, tem grande diversidade religiosa. Para além disso, algo que torna o livro mais especial, para nós portugueses, é o facto de contar uma aventura num país que fez e faz parte da nossa história.” Pedro Afonso, 10.º E
“Na minha opinião, esta obra é um relato bastante fiel e singular do que é a Índia no mundo contemporâneo, um local onde diversas culturas convergem, deixando-nos aliciados e com uma vontade incomensurável de conhecer e visitar este país.” Paulo Miranda, 10.º A
“Na minha opinião, o relato de viagem descrito neste livro é bastante importante para as gerações mais novas, devido ao paralelismo que o autor estabelece entre o que a Índia foi há muitos anos e o que ela é hoje em dia. “O Murmúrio do Mundo” é também uma maneira de promover o turismo de um país, com uma cultura maravilhosa, que faz parte do passado da nossa pátria e onde deixámos marcas que nem o tempo consegue apagar.” Adriana Monteiro, 12.º E
“O Árabe do Futuro” de Riad Sattouf (2015)
Sinopse
Nascido na França em 1978, filho de pai sírio e mãe bretã, Riad Sattouf viveu uma infância peculiar. Tinha apenas três anos quando o pai recebeu um convite para lecionar numa universidade da Líbia. Em Trípoli, o menino entrou em contato com uma cultura completamente distinta e precisou de superar a diferença dos novos costumes — experiência que se repetiria pouco depois na Síria, quando o pai foi trabalhar para lá.
Com o olhar inocente de uma criança, Riad oferece um importante relato sobre os contrastes entre a vida plácida na França socialista de Mitterrand e os regimes autoritários na Líbia de Kadafi e na Síria de Hafez al-Assad. A partir das suas próprias lembranças e sensações, o autor descreve como foi a adaptação a realidades tão díspares e mostra detalhes da sua vida em família e da relação com outras crianças.
O Árabe do Futuro é um relato literário pleno, em forma de graphic novel. Com traço simples e narrativa fluida e descontraída, Riad fornece ao mesmo tempo uma análise antropológica do embate entre o Ocidente e o mundo árabe e um autorretrato de sua própria infância plural.
in http://www.intrinseca.com.br/oarabedofuturo (adaptado)
“A Vida Secreta dos Nossos Bichos”
Álbum do Filme – Edições Asa
Max considera-se o cão mais sortudo de Nova Iorque, sobretudo porque é muito mimado pela sua dona, Katie. Ele vive num prédio onde habitam outros animais de estimação, cada um deles com as suas características. Todos eles, tal como Max, têm uma vida secreta que se revela quando os donos saem de casa para o trabalho.
Queres saber do que são capazes???
Lê o livro ou então, se preferires, vê o filme. Fica aqui o trailer oficial!
“As Ilhas Desconhecidas”, de Raúl Brandão
Entre Junho e Agosto de 1924, na companhia de outros intelectuais (entre eles, Vitorino Nemésio), Raúl Brandão viajou pelos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Daí nasceu As Ilhas Desconhecidas – Notas e Paisagens, um dos mais importantes e belos livros de viagem da literatura portuguesa. Nele, Brandão descreve de forma comovida e paciente a paisagem e a solidão insular, a cor raríssima de cenários mágicos e ignorados, o exotismo perturbador e silencioso, um retiro de melancolia e de beleza.
Quase um século depois, a obra “As Ilhas Desconhecidas” permanece no nosso património literário como a mais completa das homenagens aos arquipélagos atlânticos. Este retrato centenário dos arquipélagos portugueses ainda hoje desperta nos leitores o desejo de verem com os seus próprios olhos a beleza das paisagens e a autenticidade das suas gentes.
Segundo Machado Pires, que apresentou a última reedição da obra, o título não é apenas uma chamada de atenção para o facto de os Açores serem, na altura, ilhas desconhecidas, pressupondo, também, dar algum pendor mítico e de surpresa às nove ilhas do arquipélago.
“Homens Imprudentemente Poéticos”, de Valter Hugo Mãe
Sobre a obra:
Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente. A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino. Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres. Valter Hugo Mãe prossegue a sua poética ímpar. Uma humaníssima visão do mundo.
Opinião do leitor:
“Viajei há pouco para o Japão antigo que o Valter Hugo Mãe inventou para o romance Homens Imprudentemente Poéticos e entusiasmei-me deveras. É o mais delicado dos livros do Valter, entretecido com o gesto preciso e paciente de um artesão – aquele que, na definição que está no próprio livro, devolve os materiais à vocação que eles detêm por natureza. Nele o Valter parece um menino a inventar jogos com palavras: uma criança a inventar um Japão falso pelo qual se pode passear e sentir-lhe os cheiros.” Manuel Jorge Marmelo, Notícias Magazine
“Surpreendente na reinvenção da língua portuguesa, no tema e cenário (…) este novo romance do autor é – mais uma vez – tão diferente que o torna uma das mais importantes vozes da literatura nacional (…). Aliás, se já o tinha conseguido com a máquina de fazer espanhóis, por exemplo; se subira um grande degrau na busca e execução do romance que tem como cenário a Islândia, A Desumanização, volta a realizar uma escrita inesperada nesta narrativa japonesa, onde transporta o leitor de uma forma elegante e íntima para aquela parte do mundo sem o fazer passar por um voyeur de costumes.” João Céu e Silva, Diário de Notícias
“Os Guerreiros do Arco-Íris” de Andrea Hirata
“Por mero acaso, encontrara o meu lema de vida na biblioteca, num recorte de um antigo jornal. O recorte continha uma entrevista com John Lennon, que dizia o seguinte: A vida é aquilo que nos acontece enquanto estamos ocupados a fazer outros planos!”
“Mas no fim a nossa escola acabou por se perder. Fomos derrubados por um inimigo invisível, o maior inimigo da educação, o mais cruel, o mais impiedoso e aquele contra o qual era mais difícil lutar. Roía alunos, professores e até mesmo o sistema de educação. Esse inimigo era o materialismo.”
“Quem somos hoje foi moldado há muito tempo naquela escola. Mas a lição mais valiosa daqueles anos mágicos foi uma que PaK Harfan nos ensinou, e eu conseguia vê-la nos rostos de cada membro dos Laskar Pelangi. Aprendêramos o espírito de darmos tanto quanto nos fosse possível, não tirando tudo o que nos fosse possível. Essa mentalidade deixara-nos sempre gratos, mesmo na pobreza.”
Este é o primeiro romance do indonésio Andrea Hirata. Escreveu-o em homenagem à sua escola, aos seus professores e ao grupo de crianças com quem cresceu e partilhou experiências extraordinárias. A história é contada na primeira pessoa por Ikal, um rapaz que tem seis anos quando o romance abre, e decorre na pequena ilha de Belitong, onde a maioria da população vive em condições de extrema pobreza. Para estas crianças, a sua escola, uma velha construção de madeira, é o lugar onde são felizes e a única possibilidade de escaparem à pobreza. Mas para eles como para os dois únicos professores há que travar uma batalha constante face à ameaça de a escola ser fechada. Felizmente Pak Harfan, o diretor da escola, e Bu Mus, a jovem professora, souberam incutir nestas crianças a autoestima e o amor pelo conhecimento que lhes permite defender corajosamente o seu direito à educação. Uma história comovente, cheia de exotismo e magia, que transmite uma forte mensagem de esperança.
Os Guerreiros do Arco-Íris vendeu mais de cinco milhões de cópias na Indonésia, fazendo de Andrea Hirata o escritor mais vendido de sempre no seu país e também o primeiro a alcançar sucesso internacional.
Alguns comentários:
«Todos os jovens que consideram a sua educação como um direito adquirido devem ler este livro. Ele tem o poder de mudar vidas.» The Jakarta Post
«Inacreditavelmente comovedor e pleno de esperança, Os Guerreiros do Arco-Íris arrebatou mais de cinco milhões de leitores por toda a Indonésia, tornando-se no maior bestseller de sempre naquele país. Não deixará de o arrebatar a si também!» Penguin Books
«Uma narrativa clássica na linha de O Menino de Cabul, de Khaled Hosseini. Uma descrição deslumbrante de um país que certamente nunca conheceu por dentro, transbordante de encanto e energia criativa.» Farrar, Straus and Giroux Publishers