O tempo é unidirecional, tal qual a vida.
Podemos compará-la a uma corrida. Uns correm mais velozmente, outros num ritmo mais lento, mas todos correm sem exceção. Não sabemos qual o destino final, mas todos estamos em movimento…
Realizar o processo RVCC foi como ir a correr ao lado de outros corredores, decidir respirar mais fundo e usar esta “alpondra” virtual para ganhar mais velocidade.
O facto de descolar do aglomerado de corredores, naquele compasso e ritmo constantes, deu-me uma perspetiva sobre o “mundo” de assistência que nos observa, e uma visão mais clarividente daquilo que temos pela frente.
No momento do arranque pensei se teria fôlego suficiente para aguentar a “arrancada”. Mas à medida que fui impulsionando os movimentos a confiança foi aumentando. Apesar dos desafios e da distância considerável, os aplausos do público bem como as palavras de incentivo , foram um tónico extra para não baixar o ritmo.
A estratégia estava definida. Estar focado, sem distrações. Mais, as orientações e sugestões dadas pelos treinadores também foram determinantes.
Correr segundo as regras e respeitar os tempos mínimos de cada volta, foram imprescindíveis em cumprir o objetivo final, cortar a meta.
À medida que corria as imagens mentais de atletas veteranos e campeões, dos quais li, ou visionei sua história quais exímios competidores, ajudaram a ter a energia suficiente para não desistir, a relevar a dor e o desconforto muscular e a dizer no final, Bravo!…
…a vitória foi de todos!
João Domingues – Candidato do processo RVCC de nível secundário