COVID-19 – Avaliações do 2º Período


Comunicado

NOTA INFORMATIVA – COVID-19

Avaliações do 2º Período

Exmos. Senhoras/es,

Decorrida uma semana sobre o encerramento das aulas, a prioridade antes da pausa da Páscoa tem sido estabelecer mecanismos de trabalho não presenciais com os alunos.

Este processo exigiu a todos nós novos desafios. Num quadro de grande incerteza, tivemos de encontrar soluções, recorrendo às ferramentas existentes. Sabemos que nem todas as famílias têm computador ou internet e a banda larga não chega a todo o lado. No entanto, apesar destas condicionantes, estamos a desenvolver mecanismos para que os nossos jovens não fiquem sem apoio. Também não podemos esquecer que a utilização de chats, plataformas digitais e de aulas virtuais exige vasta logística e preparação. Recordo as aulas do propedêutico, no remoto ano de 1979, cuja extinção foi tão rápida como o seu nascimento.

Compreendemos o desagrado de alguns pais com tantas “fichas e trabalhos de casa”; para disciplinar esta nova modalidade de trabalho não presencial, o Conselho Pedagógico vai reunir, na presente semana, para balizar as tarefas não presenciais a realizar durante o terceiro período.

Pelas notícias veiculadas na imprensa e canais oficiais, a pandemia conhecerá o seu pico em meados de abril e, no melhor dos cenários, só em finais de maio a situação poderá estar sob controlo. Assim, as avaliações sumativas internas do segundo período letivo vão decorrer durante a interrupção letiva da Páscoa, podendo vir a corresponder às avaliações de final de ano. Recomenda-se que os conselhos de turma tenham em atenção toda a informação recolhida ao longo do percurso do aluno e a traduzam na formulação de um juízo globalizante sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos discentes, tendo como objetivos a classificação e a certificação.

A terminar, não podemos esquecer que as escolas são organizações complexas, nas quais se entrecruzam diversas lógicas de ação, diferentes dimensões da organização escolar e múltiplas práticas pedagógicas. A forma de organizar os tempos e os espaços de ensino e aprendizagem, o modo de agrupar os alunos, de alocar professores a diferentes grupos ou turmas, de gerir o currículo, de fazer aprender e de avaliar são apenas algumas das inúmeras variáveis que contribuem para essa complexidade. Para que exista uma transformação sistémica, é imprescindível a participação de todos, num compromisso coletivo pela renovação da educação.

Por isso, apelo à calma, pois não podemos esquecer que a mudança traz uma nova realidade que cada um vai ter de enfrentar e que implica, normalmente, tensões, porque obriga a alterações de prioridades, do sistema de valores e abdicar de práticas que estamos rotinados.

Agrupamento de Escolas de Pombal, 22 de março de 2020

O Diretor,

Fernando Augusto Quaresma Mota


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