Contos de Natal


Alunos do 8.ºB

Já estávamos em pleno mês de dezembro e João mal podia esperar pelas prendas de Natal. A mãe já o tinha ajudado a escrever a carta para o Pai Natal e já a tinha levado aos correios.
João adorava ajudar a mãe. Juntos iam ao shopping comprar as prendas e a comida para a ceia de Natal.
Duas semanas antes do Natal, João e a sua irmã, com a ajuda dos pais, decoraram a árvore de Natal. Era um momento solene e muito emocionante para João que corria de um lado para o outro sorrindo.
Finalmente chegou a noite de Natal e, pela primeira vez, toda a família estava junta a celebrar a consoada. O ambiente era muito agradável e os familiares que não se viam há muito “matavam” as saudades, felizes.
A sala estava decorada com uma grande árvore que tinha uma estrela cintilante no topo, vários arranjos de azevinhos estavam espalhados pela sala, as velas acesas iluminavam de uma forma especial e ouviam-se músicas natalícias maravilhosas vindas do rádio.
O jantar como era tradição, constava de bacalhau e peru e, para a sobremesa, havia bolo-rei e filhoses.
Quando o relógio soou as doze badaladas, o João e os seus primos correram para o pé da árvore de Natal, que estava repleta de presentes.
Minutos depois, a campainha tocou. Era o Pai Natal que, na verdade, era o tio Manuel mascarado, mas, com todo aquele entusiasmo, nenhuma das crianças o reconheceu!
Um a um, todos receberam as suas prendas. João recebeu um carro telecomandado, roupa e dinheiro, mas o que mais apreciou naquela noite foi estar com a família.
No fim de todos receberem todas os presentes, as crianças foram para a cama sonhar com esta noite maravilhosa e os adultos foram à missa do galo.
Pela noite dentro, João continuava sem dormir, pois não parava de pensar, emocionado, no quanto o Natal é importante, incomparável e insubstituível.

Ana Gonçalves, nº 3

Três dias antes de chegar o Natal, a família Silva foi às compras, comprar presentes para oferecer aos seus familiares e amigos.
Na véspera de Natal, dia 24 de Dezembro, em casa dos avós de Beatriz, comemorou-se a véspera de Natal. Havia tudo de bom para comer: bolo-rei, batatas fritas, chocolates, enfim, uma mesa deliciosa recheada de doces maravilhosos e o tempo foi passando.
Quando a Beatriz olhou para o relógio da cozinha e viu que já era meia-noite, começou a protestar, aos berros, a dizer que já estava na hora de abrirem os presentes de Natal.
E assim foi, a avó da Beatriz ofereceu-lhe uma camisola com a sua cantora favorita, a sua tia deu-lhe um peluche, a mãe deu-lhe um CD com as suas músicas favoritas e, finalmente, o pai deu-lhe um livro. Beatriz ficou muito contente ao ver tantos presentes e ofereceu à sua prima Catarina, que tinha cinco anos, uma mochila da Violetta, a sua cantora favorita, com a sua própria mesada.
No fim da entrega dos presentes, reuniram-se todos na rua e lançaram foguetes de alegria!
A moral da história é que a família Silva vai estar sempre unida, nos bons e nos maus momentos, com ou sem prendas, no Natal e em todas as estações do ano, porque o espírito de Natal é isto mesmo: amor, paz e alegria 365 dias por ano!

Filipa Santos, nº 9

Em pleno século XXI numa cidade do norte de Portugal, havia um menino jeová que se chamava Prata.
Ele era solitário, desconfiado e não tinha amigos e tudo pelo preconceito da sua religião. Por pertencer a uma família jeová, era suposto que ele não acreditasse em Jesus, por isso não celebrava o Natal nem a Páscoa. Era triste. Via as publicidades na televisão com famílias felizes a celebrarem o Natal e a receberem presentes e, nesse dia, era obrigado a ficar em casa, fazendo a sua rotina diária, normalmente, como se nada fosse.
Num dia de domingo em que o céu estava cinzento, com um nevoeiro cerrado, e os pais de Prata tinham saído para ir buscar lenha e só voltariam mais tarde, algo inesperado aconteceu!
Prata, com a sua enorme curiosidade e ousadia, saiu de casa, pegou na sua bicicleta e foi à missa. Entrou na igreja muito quieto e calado, sentando-se. Entretanto a missa começou. O padre falou da história de Jesus, referiu que faltavam apenas seis dias para o Natal e que, assim sendo, no dia de Natal a igreja ficaria aberta, o dia todo, para que todos, mesmo os mais carenciados, pudessem desfrutar de um fabuloso e feliz dia de Natal. Ao ouvir estas palavras Prata ficou com uma enorme vontade de aparecer na missa do dia de Natal, mas sabia que, se fosse, os seus pais iam ficar contrariados e decerto aborrecidos.
Passaram, então, seis dias e já era Natal. As ruas estavam todas enfeitadas, luminosas e alegres, mas a casa de Prata permanecia triste, sem cor e sem rasto de alegria. Naqueles seis dias antes do Natal, Prata rezara, estava a tornar-se num cristão, concentrando a sua fé em Jesus e em Deus.
Eram nove horas da tarde, os pais de Prata estavam a ver televisão, quando anunciou que ia dormir. Pôs umas almofadas debaixo da colcha para parecer que estava deitado, mas desceu pela janela do quarto, sorrateiramente, pegando na sua bicicleta e foi, a toda a velocidade, para a missa.
Passou uma noite muito feliz. Comeu peru e bolo rei, abusou das guloseimas e recebeu um livro. Não era um livro qualquer, era uma bíblia.
À meia-noite, Prata voltou para casa, mas não ia sozinho, ia com a bíblia e com a sua fé em Deus. Correu tudo bem, pois os seus pais não desconfiaram de nada.
Vinte anos mais tarde, Prata tornou-se padre e já não se sentia solitário e descrente. Tinha amigos e o respeito de todos graças à sua fé, à sua coragem e à sua força de vontade. A magia do Natal nunca mais o deixou!
“ Quem espera, sempre alcança! ”

Filipa Santos, nº 9

Durante a véspera de Natal, a Carla e o João, antes da ceia, estavam a brincar junto às prendas, com os seus dois primos: a Maria e o José. O João agarrou numa das suas prendas de Natal e tentou descobrir o que era. Carla ao ver o que o irmão estava a fazer tentou detê-lo, mas João abanou a prenda de tal maneira que ele, a sua irmã e os seus primos foram teletransportados até à oficina do Pai Natal, no Pólo Norte.
Quando viram a oficina, não sabiam o que os esperava!
De repente, saiu de lá um duende. Ao vê-lo, pensaram se deveriam entrar ou não na oficina, decidindo, no entanto, que iriam entrar.
Ao entrarem na oficina, viram várias máquinas enormes, de onde saíam vinte brinquedos de cada vez e ao lado das máquinas estavam muitos duendes a embrulhar os brinquedos que, por sua vez, saíam das máquinas para o trenó do Pai Natal.
No fim de visitarem a oficina, passaram para a sala onde o Pai Natal tinha as cartas enviadas por todas as crianças do mundo, tentando encontrar as suas cartas para ver se o Pai Natal já as tinha lido.
Depois de encontrarem as suas cartas abertas, avistaram uma porta grande vermelha. Ao vê-la entreaberta, pensaram que poderia ser o escritório do Pai Natal. Entraram lá e ali estava ele, sentado numa poltrona vermelha a ver no seu livro mágico quem se tinha portado bem e quem estava na lista dos meninos mal comportados.
O Pai Natal ao vê-los, perguntou-lhes o que é que estavam ali a fazer e como tinham ido ali parar. Ofereceu-se, então, para os acompanhar a casa no seu trenó.
Ao chegarem a casa, viram que o tempo tinha parado e tiveram de pedir ajuda ao Pai Natal para fazer com que o tempo voltasse a andar!
E assim foi. Voltou tudo ao normal e o João, a sua irmã e os seus primos voltaram a tempo da ceia de natal, com toda a sua família reunida e contaram a toda a gente a sua aventura natalícia.
A moral da história é que sonhar com o Natal faz bem e a magia do espírito natalício deve estar sempre connosco.

Margarida Domingues, n.º 17

No dia de Natal, a mãe de Pedro foi à lota comprar um bacalhau para a ceia. Quando chegou a casa, deixou-o de molho e saiu novamente. Ao regressar, verificou, para seu grande espanto, que o bacalhau estava vivo!
Não teve coragem de o matar, por isso pô-lo no aquário do filho. Contrariada, saiu de casa para ir comprar um novo bacalhau, desta vez ao mercado, e pedir satisfações aos pescadores da lota pela compra ruinosa.
Entretanto, Pedro descobriu um novo habitante no seu aquário. Achou que o peixe estava esfomeado, pelo que foi à cozinha preparar-lhe um miminho. Encontrou uma panela com batatas e couves, pegou nela, levou-a até ao aquário e despejou tudo para lá.
Quando a mãe do Pedro voltou a casa, começou a arranjar o bacalhau, que já vinha demolhado, mas não havia rasto das batatas nem das couves. Tudo parecia estar arruinado, no entanto não desistiu. Pediu ao Pedro e ao marido que tratassem das batatas e das couves, enquanto ela preparava o resto, e, assim, tudo ficaria pronto a horas.
Chegaram, então, os familiares. Ao descobrirem o aquário daquele jeito, perguntaram ao Pedro, de imediato, quem tinha sido o artista daquela obra de arte. Aquelas pedras eram assombrosas, nunca tinham visto algo igual!
Pedro riu-se, já que aquelas pedras e algas eram apenas batatas e couves e respondeu que tinha sido ele. Recebeu vários elogios, ao longo da noite, pois aquela decoração estava deliciosamente original e adequada à quadra natalícia.
A ceia foi animada e calorosa e o que, afinal, aparentava ser um desastre, acabou por ser o melhor Natal que o Pedro teve até hoje!
É caso para dizer que a vida é feita de surpresas, umas boas e outras menos boas, mas há que aceitá-las e dar a volta por cima, sendo paciente, perspicaz e criativo.
Na vida, “Tudo vale a pena, se a alma não for pequena”!

Dário Caetano, nº 7