Em jeito de homenagem, no mês em que se comemora o dia mundial do livro (23 de abril), façamos jus à literatura de Lygia Fagundes Teles, que nasceu em 1923 e faleceu no passado domingo, 3 de abril, na cidade que a viu nascer, S. Paulo (Brasil). Sobejamente conhecida em Portugal, esta foi a sua primeira publicação mais tarde transformada numa das mais célebres novelas televisivas produzidas pela Globo. Considerada uma das mais notáveis escritoras do século XX, retrata, nas suas obras os temas clássicos e universais como a morte, o amor, o medo e a loucura, para além da fantasia. Foi a 17ª laureada (2005) com o Prémio Camões.
De acordo com Ana Paula Araújo, Ciranda de Pedra, datado de 1954, “reproduz o comportamento humano e seus relacionamentos, trazendo-nos reflexões a respeito da vida dos personagens e dos seus conflitos. O leitor é levado a refletir sobre si mesmo, sobre a condição humana” e, muito especialmente, sobre as profundas mutações de uma época que rompe com os valores e condicionalismos tradicionais que remetiam a mulher para o silêncio, submissão e passividade.