“Nunca é tarde para aprender” é uma das expressões mais ouvidas pela equipa por parte dos candidatos que realizam o Processo de RVCC. No entanto, mais do que o despertar de novas competências, o Processo de RVCC é a tomada de consciência de que em qualquer momento da nossa vida podemos aprender e de que, quando reunimos todos os esforços, somos capazes de alcançar os nossos objetivos.
Os dois candidatos certificados no passado dia 26 de maio foram exemplo disso pois, inúmeras vezes tiveram de abdicar dos seus compromissos familiares e até profissionais para poderem cumprir com os desafios propostos pela equipa.
Foi com enorme orgulho que verificámos que a conclusão deste Processo lhes aguçou o desejo de continuarem a investir no seu percurso formativo e, por isso, desejamos que a conclusão de ensino secundário seja apenas o primeiro passo para um percurso formativo desafiante e enriquecedor.
Afinal, como referiu Leonardo da Vinci “aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”.
Patrícia Amado – Técnica de ORVC
Balanço de um processo RVCC
O RVCC é um processo de aprendizagem que me proporcionou uma grande evolução a todos os níveis.
Graças a muita pesquisa e sessões via Teams e também presenciais, a visualização de filmes/documentários, leitura de livros, etc… aumentei a minha cultura geral. Melhorei a minha escrita, a minha fluência na língua portuguesa, mas também as minhas competências a nível informático. Graças à elaboração do meu portefólio em suporte digital, desenvolvi os meus conhecimentos no word, mas também explorei as potencialidades da plataforma TEAMS ao longo das sessões a distância.
Deixei-me fascinar pelos temas desenvolvidos, principalmente a arte contemporânea a partir de lixo. Gostei de refletir sobre o aquecimento global e a importância das energias alternativas. Com a área de Cidadania e Profissionalidade, fui conduzido a ver o filme “A Lista de Schindler”, que desconhecia embora já seja um filme antigo. Também foram importantes as atividades propostas para evidenciação de competências em língua francesa para me ajudar a refletir e escrever pois raramente acontece. Também devo dizer que me deu gozo pesquisar sobre a Poste e ficar com uma melhor consciência das políticas ambientais, a ética e a organização da empresa onde me encontro a trabalhar.
Confesso que não gostei de visualizar o filme “O velho que lia romances de amor” baseado na obra de Luís Sepúlveda. Tive grandes dificuldades de compreensão e apresenta imagens chocantes, em especial a do “dentista”. Gostei no entanto da personagem do José Bolivar e das imagens da floresta da Amazónica. Foi sem dúvida uma estratégia marcante para me ajudar a refletir sobre a problemática da destruição progressiva do pulmão da terra, mas também da leitura como antídoto do envelhecimento.
As videoconferências para as quais fui convidado em participar, foram todas muito produtivas, mas aprendi sobretudo muito com o jovem palestrante, Pedro Santos, sobre o tema “As diferentes estruturas políticas e os novos populismos”. Ajudou-me a ver a política com outros olhos. Também gostei muito da atividade realizada na biblioteca escolar “Missão Fugir” pois tivemos de desvendar enigmas em grupo, o que foi muito desafiante.
É impressionante tudo aquilo que aprendi e o gozo que me deu fazer todo este processo!
Estando a trabalhar no estrangeiro fiquei agradavelmente satisfeito com o desenrolar do meu processo, da forma como a equipa foi-me apoiando a distância. As sessões a distância foram muito construtivas, fiquei com a sensação que se aprende de igual forma como sendo presencial. Ganha-se tempo, evitam-se deslocações e torna-se mais confortável.
Por tudo o que acabo de referir, estou feliz e dinamizado para continuar a estudar. Agradeço a toda a equipa que possibilitou a concretização deste sonho.
Gonçalo Oliveira – Candidato do processo RVCC – Nível Secundário
Objetivo alcançado: certificação de nível secundário
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Foi este um dos lemas que conduziu o Processo RVCC dos três candidatos que prestaram prova de certificação de nível secundário, no dia de 22 de julho, uma vez que apesar das diferentes contrariedades que encontram ao longo destes meses de trabalho, o objetivo esteve sempre presente: alcançar a certificação de nível secundário.
É de destacar que em todos estes três percursos, a humildade, a boa disposição e a determinação foram ingredientes fundamentais para que as adversidades encontradas se transformassem em oportunidades de aprendizagem e crescimento pessoal.
A riqueza dos seus portefólios, a par da serenidade e confiança demonstradas em prova de certificação espelham a legitimidade de que a Carolina, o Luís e o Pedro são merecedores da valorização das suas histórias de vida e dos seus saberes intrínsecos.
Parabéns aos três candidatos pela certificação alcançada e fazemos votos para o ensino secundário seja o primeiro registo para um interessante e profícuo percurso formativo, lembrando-se sempre de que o que interessa em qualquer trajeto, não é o ponto de partida, mas sim o ponto de chegada.
Patrícia Amado – Técnica de ORVC