Sudoku no processo RVCC


Muitos têm sido os candidatos do processo RVCC de nível básico que aceitam o desafio de desenvolver o seu raciocínio lógico-dedutivo e aprender alguns jogos lúdicos no âmbito da Matemática.

Embora o nome tenha origem japonesa, o aparecimento do Sudoku deve-se ao físico e matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783) que combinou os conceitos de Quadrado Latino e Quadrado Mágico para criar um sistema matemático de análise estatística. Em cada quadrado interior, cada linha e cada coluna não se podem repetir algarismos (de 1 a 9).

Partilhamos alguns das reações dos candidatos do processo de RVCC ao jogo nas sessões de RVCC.

“O raciocínio que fiz foi colocar todos os algarismos de 1 a 9 em cada linha, em cada coluna e em cada subquadrado, sem nunca os repetir. Precisei de muita concentração e algum tempo, mas no fim fiquei muito feliz por ter conseguido!” – Donzília Gaspar.

“Apesar de não ser necessário fazer cálculos, achei o jogo muito exigente em concentração e raciocínio. Já o tinha visto em jornais e revistas, mas nunca tinha tentado fazer. Foram precisas várias tentativas e muita paciência, mas ao fim de duas horas consegui fazer corretamente o Sudoku.” – Kátia Lopes.

“Já tinha visto este jogo no telemóvel mas não sabia jogá-lo (desconhecia as regras). Aprendi e esforcei-me por conseguir preencher corretamente. Confesso que foi difícil e demorado mas tive paciência e não quis desistir: agora sinto-me feliz por ter conseguido!” – Suse Marques.

Telma Madeira – Formadora de Matemática para a Vida

Desmistificar a Matemática


A maioria dos candidatos, que iniciam um processo de Reconhecimento de Competências no nosso Centro Qualifica, apresentam algum receio respeitante à Matemática, anteriormente denominada por “Matemática para a Vida” e recentemente, “Matemática, Ciências e Tecnologias”.

O nosso trabalho passa por levá-los  a perceber que a Matemática vai além da nossa sala de trabalho e  tem uma relação direta com a vida individualmente e em sociedade. Aos poucos, os nossos Candidatos são conquistados e orientados para a descoberta desta realidade nas mais simples situações/objetos do dia a dia e até em momentos de descontração, como num simples desafio matemático ou algo lúdico como o sudoku.

Conhecer conceitos matemáticos permitirá aos Candidatos desenvolver importantes competências visando o seu crescimento pessoal para além de abrir  oportunidades a nível profissional.

Ana Maria Ribeiro – Formadora de Matemática para a Vida

Dar forma às emoções


O Origami tem etimologia japonesa e significa dobrar (ori) papel (kami). Foi com recurso a esta técnica milenar que os formandos do processo de RVCC de nível básico foram explorando, a distância e presencialmente, alguns conceitos de geometria. O desafio  era procurar materializar os sentimentos despertados pela leitura das obras “O velho que lia romances de amor” de luís Sepúlveda, “A maior flor do mundo” de José Saramago, “Caldo de pedra” de Teófilo Braga através de construções de papel elementares.

Numa transversalidade dos saberes, os candidatos foram orientados pelos formadores das áreas de matemática para a vida e de linguagem e comunicação para verbalizarem emoções despertadas pela leitura e para a sua representação rigorosa bi e tri dimensional através da arte da dobragem do papel.

Cristina Costa – Coordenadora do Centro Qualifica

 

Matemática para a Vida e jogos


No processo de formação de adultos é muito importante o modo como se organizam os ambientes e a forma como se concebem e orientam as propostas que permitem o desenvolvimento das competências matemáticas e a evidenciação das mesmas.

No processo RVCC, assume particular importância a natureza das propostas de trabalho formativo para estimular o evidenciar das competências que cada candidato desenvolveu com a sua história de vida.

As propostas de trabalho são organizadas tendo em consideração as experiências de vida e procura-se fazer com que o desenvolvimento de competências seja um desafio, motivando o candidato e incentivando-o a realizar atividades experimentais nas quais mobilize conceitos numéricos ou geométricos simples, processos e procedimentos matemáticos para a resolução de problemas da sua realidade.

A utilização de jogos tem-se revelado de grande importância na concretização deste objetivo uma vez que ajudam o candidato a ver a Matemática enquanto modo de pensar e de organizar conhecimentos e enquanto lazer. O candidato vai integrando a compreensão da natureza desta ciência que está sempre no seu quotidiano.

Tem-se recorrido ao uso de jogos como o Tangram, para desenvolver conceitos geométricos; o Jogo do 24, para utilização de estratégias de cálculo mental adequadas a diferentes situações e relacioná-las com propriedades das operações; o Sudoku para desenvolver competências ao nível do raciocínio matemático e do saber argumentar usando justificações lógicas para a validação de afirmações.

O Tangram (com as sete peças) permitiu, por parte dos candidatos, a aplicação do mesmo na construção de letras e criação de puzzles personalizados para os netos; o Jogo do 24 foi jogado com os algarismos do ano de nascimento dos formandos e familiares, bem como com os algarismos que constam das matrículas dos seus carros; o Sudoku, apelou ao raciocínio, desenvolvendo um pensamento organizado e bem estruturado e os candidatos reconheceram que além de ser uma ótima fonte de distração e de lazer, também é ótimo para potenciar a mente.

Ana Francisco – Formadora de Matemática para a Vida