Desafio da formação a distância


A sessão de formação complementar de TIC do dia 9 de junho de 2021 foi a distancia, através da plataforma TEAMS. Apesar de eu por vezes fazer videochamadas com familiares, ter uma sessão do processo de RVCC por esta modalidade, foi uma experiência muito diferente do habitual e por isso gostei, mas não significa que tenha sido melhor, pois nada substitui o contacto presencial. Foi mais um desafio.

Assim que entrei no Centro Qualifica e me disseram que iria ter uma surpresa, não fazia ideia do que seria. Era a primeira sessão de formação complementar de TIC e achei estranho não ver nenhum formador. Disseram-me para me sentar ao computador e foi nesse momento que percebi que o formador estava no ecrã. No início, foi um pouco assustador porque era tudo novo. Apesar de explicar tudo muito bem, ser paciente e colocar-me à vontade, senti receio de errar nos exercícios que me eram propostos.

Além de ser o meu primeiro contacto com o TEAMS, foi também a minha primeira sessão sobre Excel, que é um programa que permite construir gráficos e tabelas que podem ajudar-nos  no nosso dia a dia.

Construí uma tabela com as minhas despesas mensais e percebi que esta ferramenta pode ser muito útil para me auxiliar na gestão do meu orçamento familiar com diferentes folhas de cálculo. A certa altura, tive o apoio da formadora de MV, que ao meu lado, me foi ajudando em todos os passos e funções do programa Excel. Até me senti especial por estar a ter uma sessão com dois formadores que me ajudavam a fazer as atividades propostas!

À medida que a sessão foi decorrendo fui ficando cada vez mais à vontade. Se voltar a ter mais sessões nos mesmos moldes já não irei achar tão estranho e não sentirei tanto receio porque já sei o que me espera.

Nádia Ramos – Candidata do processo RVCC – B3

 

Leitura e cinema no Centro Qualifica


A apresentação do livro do jornalista norte-americano Franklin Foer “Mundo Sem Mente”, com a leitura de alguns excertos e o visionamento do filme “Jogo de imitação” do realizador norueguês Morten Tyldum foram fonte de conhecimento e agentes de reflexão nas sessões de formação do processo RVCC e curso EFA de nível secundário, no serão de 28 de janeiro.

A mensagem de uma obra que denuncia o impacto da alta tecnologia no dia-a-dia e sobretudo a invasão da privacidade dos utilizadores da Google, da Amazon, do Facebook, da Microsoft e da Apple não poderia ser mais oportuna para cumprir os objetivos das áreas de competências-chave de Sociedade, Tecnologia e Ciência e de Cultura, Língua e Comunicação no que se referem à  temática redes e tecnologias.

Com referências a Alan Turing, Stuart Brand e as origens hippies de Silicon Valley, a obra apresenta-nos os fundamentos da GAFA (Google, Apple, Facebook, Amazon) e questiona (denuncia) se o seu intuito subjacente não será de moldar a humanidade à imagem que deseja.

Num aprofundamento sobre o conhecimento de Alan Turing matemático, criptoanalista britânico com um papel relevante na criação do computador, os candidatos em processo RVCC e os formandos do curso EFA puderam ainda assistir ao filme “Jogo de imitação”.

Como em toda a sessão de cinema, não faltaram pipocas. Aliou-se o prazer de ler e de assistir a um filme à urgência da reflexão. Em tempos da vertiginosa evolução das tecnologias de informação e da comunicação deparamo-nos com a necessidade de não nos deixarmos deslumbrar.

“Facilmente nos maravilhamos com estas empresas e suas invenções, as quais costumam facilitar-nos a vida. Mas já perdemos demasiado tempo maravilhados. Chegou a altura de pensarmos nas consequências destes monopólios, de reavaliarmos o nosso papel na determinação do rumo humano. A partir do momento em que cruzemos determinados limites – assim que transformarmos os valores das instituições, assim que abandonarmos a privacidade – não haverá regresso, não teremos como restaurar a individualidade perdida”.

Franklin Foer

Cristina Costa – Coordenadora do Centro Qualifica