A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. Lembremos, pois, que ser saudável é mais do que não ter doenças. Educam-nos para conquistar o bem-estar físico mas pouco se fala de Saúde Mental e da sua relação com a nossa robustez social.
A ciência sabe agora que a Saúde Mental envolve uma série de fatores socioeconómicos, biológicos e ambientais. Sabe também que a Saúde Mental vai para além de transtornos ou distúrbios mentais. Deixemos as averiguações científicas para os técnicos e foquemo-nos no essencial: os problemas mentais são transversais, todos estamos vulneráveis, portanto precisamos de estar alerta e informados. Vivemos num mundo de rápidas mudanças, exclusão, discriminação, condições laborais e sociais stressantes e exposição a diferentes formas de violência. É, assim, obrigatório falar de Saúde Mental enquanto problema de saúde pública, porque tem implicações vastas (até físicas) nos seres pensantes e interativos que somos, nas nossas realizações individuais e na nossa participação na comunidade.
No dia 10 de outubro comemorámos o Dia Mundial da Saúde Mental, uma iniciativa que resultou da parceria de várias entidades comprometidas neste trabalho de sensibilização, prevenção e intervenção: Projeto de Promoção e Educação para a Saúde do Agrupamento de Escolas de Pombal, Plano Nacional de Saúde Escolar, equipas Local de Saúde Escolar e de Educação para a Saúde.
Desde o 1.º ciclo ao ensino secundário, foram dinamizadas atividades em contexto de sala de aula, com o objetivo de desmistificar este tipo de perturbações e apontar caminhos. Só assim podemos procurar a autoproteção, perceber e acolher quem sofre. Nos recintos escolares, a comunidade escolar construiu o placar “Deixa aqui um pouco de ti…” e participou na tertúlia com técnicos do Centro de Saúde de Pombal. Na EMP também houve dança, nos intervalos da manhã, dirigida pela professora de Educação Física, Aida Antunes.
Atualmente, esta é uma preocupação vital das sociedades em todo o mundo, contudo já no século I ou II d.C. o filósofo e poeta romano Juvenal tinha esta convicção: o melhor que o Homem pode dar a si próprio é mens sana in corpore sano (“uma mente sã num corpo são”).
P´la equipa de Educação para a Saúde, Ana Moço