O património cultural é o conjunto de bens de natureza material ou imaterial que constituem a herança do passado e a identidade das comunidades humanas. Por isso, exige preservação e salvaguarda para assegurar uma memória histórica às futuras gerações.
No nosso país, muitos são os locais onde é possível reconhecer diversas expressões do património, desde os edificados, às tradições, à gastronomia, entre muitas outras. Ora, a região onde nos inserimos é rica em património que interessa conhecer, valorizar e preservar.
Deste modo, aproveitando o contexto histórico local, no dia 20 de fevereiro, a turma do segundo ano, do Curso Profissional de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade, visitou o Mosteiro da Batalha e o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha. A visita integrou-se nos conteúdos curriculares desenvolvidos na disciplina de História da Cultura e das Artes, relativos ao estudo da arte gótica. No mosteiro da Batalha, o professor orientou a visita e conduziu os alunos pelos espaços mais importantes- Portal Principal, Igreja, Capela do Fundador, claustros, Casa do Capítulo e Capelas Imperfeitas. Durante o percurso realizado, destacou o contexto histórico, a planimetria, os aspetos técnico-formais e estéticos mais relevantes associados à arquitetura, escultura e pintura góticas. Na sala do Capítulo, onde existe um monumento em honra do Soldado Desconhecido, foi possível assistir ao render da guarda, acontecimento não previsto, mas ao qual os alunos assistiram com grande interesse. Nas Capelas Imperfeitas tomaram consciência de que o sinónimo de imperfeito pode ser inacabado. De facto, a morte do patrocinador da obra e a deslocação dos mestres-pedreiros para outras obras mais centrais do reino deixaram aquele magnifico espaço, exemplo máximo da arte manuelina, por terminar até aos dias de hoje. Durante esta visita, os alunos resolveram um pequeno questionário e desenharam, in loco, o portal principal do edifício.
No Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, fomos simpaticamente recebidos e orientados pelos guias. Os motivos da visita foram vários e interessantes e contemplaram, desde logo, o processo de construção do mosteiro, com destaque para algumas propostas de cobertura previstas para as Capelas Imperfeitas; o contexto histórico, desde a Pré-História à atualidade, bem como a evolução socioeconómica da região, com particular destaque para a exploração mineira de carvão na região da Batalha.
Acompanhados por uma bela tarde de sol, regressámos a Pombal, certamente mais ricos pelos conhecimentos obtidos, mais conscientes da importância da História local e mais despertos para a necessidade de valorização e preservação do património histórico e cultural.
Paulo Antunes, professor de História