A professora Ana Alves quis lançar um dos Desafios de Abril sobre o papel da mulher polícia no Estado Novo, segundo documentos existentes na Biblioteca da ESP. A coordenadora da biblioteca entendeu que o mês de fevereiro seria o adequado para o mote em mente: “era proibido dar beijos na boca”. “Ao primeiro beijinho na boca, era agarrá-los pelas golas e arrastá-los para a esquadra”. Dali só saiam depois de pagar uma multa.
Certo é que, para reforçar esta atividade, promovendo as artes e destacar simultaneamente o S. Valentim, a professora Janine Silva, da equipa da biblioteca, deu corpo ao repto lançado de se trabalhar a tela de Klimt – O Beijo. Envolvendo os seus alunos de Artes, do 11º D2, apareceu com obra feita.
“E viu-se a “a tela” inteira, de repente”
Creio que os aprendizes todos ficaram inteirados das técnicas, da inspiração dos mosaicos bizantinos, da importância das folhas de ouro, das cores, das texturas… e de muito mais sobre a sensualidade da tela e sobre o seu autor austríaco e a sua amante.
Ora, meio milénio decorrido sobre o nascimento de Camões impunha que se falasse de amor através dos tempos e se celebrasse este aniversário. Durante a tertúlia subordinada ao tema “Amor é fogo que se lê…”, no passado dia 29, foi assim que os formandos de Português Língua de Acolhimento e de RVCC travaram conhecimento com “O Beijo” à sua espera na biblioteca, descobriram a função dos lenços dos namorados, refletiram sobre a possibilidade de “todas as cartas de amor serem ridículas”, declamaram poemas de alguns dos nossos autores portugueses mais consagrados bem como de produções originais. Momentos musicais serviram ainda de inspiração para novas tentativas de definição do amor.
O Amor é assim… “… O homem sonha, a obra nasce”.
F. Gomes