Na Era da Inteligência Artificial


Uma vez mais dou por mim a iniciar um post referindo a evolução tecnológica e a verdade é que ela é cada vez mais incontornável. A uma velocidade estonteante surgem novidades quase todos os dias e aquilo que há poucos anos pareceria mero produto de ficção científica, torna-se uma banalidade da atualidade. A este ritmo será tão estranho para a próxima geração uma realidade sem Inteligência Artificial (IA), como hoje é desconhecida a funcionalidade de uma disquete ou de uma cassete, sem falar de uma lista telefónica, para os mais jovens.

As preocupações com as consequências desta evolução não são novidade, pois mesmo antes da IA ser uma realidade, já existiam obras de ficção que pintavam os cenários mais pessimistas. Esperemos que Skynet de “O Exterminador Implacável” ou Viki de “I, Robot” permaneçam no sector do entretenimento. Se as opiniões se dividem quanto ao futuro que nos espera e não podemos apenas seguir as vozes dos “velhos do Restelo”, também não devemos assobiar para o lado e ignorar os riscos existentes. O mais importante será mantermo-nos atualizados, acompanhando os desenvolvimentos.

E é aqui que a educação desempenha um papel de destaque, incentivando à exploração destas novas ferramentas de forma responsável, soprando gentilmente para manter a brasa do espírito crítico acesa. Foi numa dessas lufadas que um dos candidatos do processo RVCC de nível secundário foi desafiado a fazer uma apresentação para a prova de certificação de dia 12 de dezembro de 2024, inspirada no livro “A Era da Inteligência Artificial” de Henry Kissinger, Eric Schmidt e Daniel Huttenlocher.

Na sua apresentação foram referidos os contributos de Alan Turing e John McCarthy para uma definição de IA e os principais marcos no desenvolvimento desta tecnologia. Analisando as razões pelas quais a IA ainda falha, reforçou a importância de existirem mecanismos de verificação da qualidade das respostas dadas. Concluiu a explorando os dilemas de recorrer a IA em três contextos diferentes, nomeadamente nas plataformas de rede, ao nível político ou para fins bélicos.

Mikael Mendes – Técnico de ORVC