À luz dos olhos de três irmãos, vamos descobrir a história de uma família diferente, abalada pelo nascimento de uma criança, “uma criança de olhos bem negros, que se perdem no vazio; uma criança sempre deitada, com bochechas rosadas e pernas translúcidas, nas quais se veem pequenas veias azuis; um bebé com um fio de voz puro e feliz, pés arqueados e palato elevado – um bebé eterno, uma criança inadaptada que traça uma linha invisível entre a família e o resto do mundo“.
Cada capítulo do livro é dedicado a cada um dos irmãos, mostrando o percurso desta família que se vai tentando adaptar e que, muitas vezes, parece desabar perante a fatalidade da diferença, mas que resiste contra tudo e contra todos.
É uma excelente leitura que mexe connosco e que nos leva a perguntar “O que é ser normal?”. É um livro sobre as relações humanas, sobre o amor, sobre os afetos involuntariamente desiguais, um livro que mostra que a carência emocional pode deixar marcas para o futuro.
Celebrou-se no passado dia 3 o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Fica a sugestão de Leitura a assinalar a ocasião. Boas Leituras!