Neste romance subtil e envolvente do Nobel de Literatura de 2017, o detetive Christopher Banks regressa a Xangai, sua terra natal, onde os seus pais desapareceram misteriosamente há vinte anos. A cidade agora é palco da guerra entre China e Japão, e a demanda que Banks empreende para encontrar os pais passa a confundir-se com a busca pela ordem num mundo órfão, vitimado pela sombra.
Quando éramos órfãos marca a volta de Kazuo Ishiguro à ficção, depois de um silêncio de cinco anos. Com subtileza temperada por um humor fino e certeiro, o autor escreve sobre o poder do passado em determinar, para o bem ou para o mal, o presente das pessoas.
O Autor
Nascido a 8 de novembro de 1954, o autor de 62 anos mudou-se aos cinco com a família do Japão para o Reino Unido, quando o pai foi aceite como investigador no National Institute of Oceanography.
O Prémio
O comité do Nobel adiantou no Twitter que Ishiguro tem mostrado uma certa propensão para temas relacionados com a memória, o tempo e as ilusões “que alimentamos para suportar a vida”. Após o anúncio, Sara Danius deu uma curta entrevista difundida em direto em que sublinhou o facto da Academia distinguir este ano “um escritor de grande integridade” e “um romancista absolutamente brilhante” que “desenvolveu um universo estético só seu”. “Kazuo Ishiguro está muito interessado em compreender o passado. Não para o redimir, mas para revelar o que temos de esquecer para podermos sobreviver enquanto indivíduos e enquanto sociedade”.