SMAL “O Meu Nome Faz História”


Nos dias 27 e 28 de setembro 2023, participámos na iniciativa SMAL – Setembro Mês da Alfabetização e das Literacias – “O meu nome faz história”, dinamizada pelo Centro Qualifica em parceria com a Biblioteca Escolar da Escola Secundária de Pombal e o Projeto Cultural da Escola.

No dia 27 de setembro, estivemos na Biblioteca – “o coração da Escola”, nas palavras da coordenadora do Centro Qualifica e, depois das boas vindas da professora bibliotecária,  iniciou.se a noite com o poema “Março” de Alice Neto de Sousa. Este foi o mote para a reflexão sobre a vivência dos portugueses em tempo de ditadura e no pós-Revolução do 25 de Abril 1974. Com a colaboração de todos, procurou-se o sentido do poema e orientados pela metáfora “Chuvas de março”, numa pequena tarefa de grupo, fomos convidados a elaborar um breve registo biográfico de vários nomes marcantes ligados ao 25 de Abril e à democracia, com destaque para Manuel Alegre, Salgueiro Maia, Sophia de Mello Breyner Andresen, Zeca Afonso, Carolina Beatriz Ângelo, Natália Correia e Maria Antónia Palla. Seguidamente, procedeu-se a uma partilha das informações recolhidas e foram colocad0s os rostos das personalidades, referidas anteriormente, no “Friso Cronológico da Revolução”.

No dia 28 de setembro, no Auditório da Escola e inspirados no verso “Grafitar Liberdade”, demos continuidade à atividade. Ao som da Garota Não, ouvimos a “Canção a Zé Mário Branco”. Com recurso ao Mentimeter, fomos desafiados a identificar as palavras mais marcantes da canção, sobressaindo a palavra “Liberdade”. E chegou a vez do convidado da noite, um artista local, João Ribeiro, que através da técnica do grafiti, tem deixado registos da nossa identidade em várias paredes do nosso concelho. Depois de um enquadramento do conceito de arte urbana com referência aos artistas Vhils, Bordalo II, Eduardo Kobra, Bansky, relatou-nos o seu percurso pela Escola Secundária de Pombal e de nível superior, as técnicas utilizadas, o começo aos 14 anos no mundo do grafiti. De marcante, foi a exposição “Identidade” na casa Varela, Pombal, com obras que resultaram de uma viagem a Berlim e Amsterdão onde recolheu cartazes com os quais compôs narrativas visuais. A arte urbana é para João Ribeiro a possibilidade de se expressar livremente embora não se enquadre nos movimentos “românticos” retomando a sua expressão, de transgressão e contracultura.

Resumindo, nestes dois dias tivemos a oportunidade de conhecer o que foi a Revolução de 25 de Abril de 1974, que pôs fim ao regime ditatorial do Estado-Novo, através de um golpe de Estado militar e que foi um marco da nossa história. Ficámos a conhecer nomes  marcantes na luta contra a ditadura e o seu contributo para a Revolução. Esta atividade foi também um encontro com representantes da geração atual, que através da poesia ( Alice Neto), música (Garota não) e do grafiti (João Bribeiro), beneficia da conquista de Abril que é a liberdade de expressão e não deixa de denunciar o que falta cumprir.

Os Formandos do curso EFA – Nível Secundário