Os nossos alunos nasceram no século XXI. O que sabem eles do século anterior? Sabem que os portugueses viveram numa ditadura e que o 25 de Abril de 1974 nos trouxe a democracia e a liberdade. Mas é importante que eles saibam como se pensava, como se vivia e, principalmente, como se resistia.
Numa aula para o 3º ano do ensino profissional, os alunos foram convidados a fazer uma viagem entre 1927 e 1974, que lhes permitiu ter um vislumbre de como as diretrizes do poder relativamente à economia, à vida social e cultural marcaram o nosso país.
Com a participação de alguns alunos da plateia, leram-se frases emblemáticas como o famoso “peço a palavra” da crise académica de 1969, o “Obviamente demito-o” da campanha do General Humberto Delgado em 1958, ou a justificação dos censores para impedir a exibição de certos filmes ou a publicação de Banda Desenhada como “Tarzan”. Tendo como recurso a publicidade “Espias” nas versões antes e pós-censura, que é uma proposta do Plano Nacional de Cinema, os alunos foram convidados a “encontrar as diferenças” e a refletir sobre o seu propósito. Também a literatura esteve presente com a leitura do poema “Arrebatada”, de Maria Teresa Horta, e a referência aos vários livros censurados que estão em evidência na nossa Biblioteca, para que cada aluno, hoje, os possa livremente citar. As fotografias de Eduardo Gageiro também foram apreciadas como uma prova irrefutável das condições de vida da época.
Ao longo da atividade projetaram-se documentos autênticos como notícias de jornal, artigos censurados ou tabelas de coimas para quem não cumprisse “a moral e os bons costumes”.
Ouviu-se e sentiu-se “Grândola Vila Morena”, do Zeca Afonso.
Durante quase cinco décadas houve quem resistisse. A arte pode ser a forma de resistência por excelência: uma pintura que nos interpela, um verso que rasga o conformismo, uma canção que é um canto coletivo. Durante quase cinco décadas houve quem sonhasse. Sonhasse que era possível a mudança e a liberdade. Para que todos continuemos a sonhar – porque há sempre novos desafios – ouviu-se, por fim, “Agora nunca é tarde”, de Pedro Barroso.
Cecília Costa – Professora de Português
“25 Abril em imagens” – Exposição
Os alunos do 3.º ano do Curso Profissional de Técnico(a) de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade (TCM), levaram a efeito uma exposição com os melhores cartazes realizados na disciplina de Comunicação Gráfica e Audiovisual (CGA), no âmbito das comemorações do 25 de Abril.
Fernando Silva- Professsor
Uma conquista do 25 de Abril
No dia Mundial do Livro, a equipa de professores bibliotecários do AEP lançou as primeiras propostas de atividades E@D – “A Biblioteca Escolar sugere…” em torno da celebração do 25 de Abril, de acordo com o diferente público, conforme fichas que se seguem:
É com orgulho que divulgamos a primeira ilustração que nos chegou, através do respetivo Encarregado de Educação, o “Trabalho realizado pelo Simão Castro Marques, do Centro Escolar da Redinha, alusivo à liberdade que nos trouxe a revolução dos cravos no dia 25 de Abril de 1974.”
Felicitamos aluno e família e esperamos por “novas conquistas” de participação!